Durante o almoço de domingo, o pai começou a explicar ao filho que aquela maçã, servida na sobremesa, era antes igual aos carocinhos que o filho tinha encontrado dentro dela. Observando a curiosidade do filho, o pai sentiu que precisava explicar melhor: “Olha Pedrinho, esse carocinho que está na sua mão é uma semente de maçã. Nunca vai virar uma laranja e nem uma banana nem outra dessas frutas que estão na fruteira. Se for plantada, vai ser uma macieira que vai dar várias maçãs”. A essa altura, imaginando já uma árvore frondosa, Pedrinho quis saber mais: “Pai, vai ser uma maçã docinha como esta?”
O pai então lhe explicou: “Depende. Pode ser azeda, doce, grande, pequena, dura, macia, saborosa, sem sabor. Isso vai depender da chuva, do vento, da terra, do sol, do calor, do frio, dos animais, das minhocas, dos alimentos que ela tiver na terra para crescer…”. Pedrinho nem esperou que o pai terminasse de falar e, carregando consigo as sementinhas de maçã, correu para o quintal e fez alguns buraquinhos para plantá-las. O pai foi com ele e lhe ensinou a cuidar até que brotassem. De uma semente de maçã, portanto, não se colhe banana nem laranja. Colhe-se maçã, claro. Mas podem-se colher maçãs doces ou azedas, duras ou macias.
A grande diferença é que a fruta é colhida do pé, que está preso ao chão por meio de raízes, enquanto nós temos nossos pés.
Para frutificar, a planta precisa das condições do solo, do vento, dos nutrientes, enquanto nosso pés podem nos conduzir ao terreno mais propício.
Temos o poder de escolher e produzir as condições mais favoráveis para o nosso desenvolvimento pessoal. Você decide a pessoa que é. A cada momento. E, se você não estiver gostando, pode mudar. Pode reprogramar-se.
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