Hoje gostaria de compartilhar algumas reflexões que venho acumulando ao longo de minha jornada, principalmente no que diz respeito à missão que recebemos de Deus e à nossa atuação no mundo profissional.
Tenho trabalhado com a ideia de criar uma ponte entre a sociedade e a espiritualidade, entendendo que a igreja está pronta para acolher, iluminar e orientar a sociedade. Comecei esse trabalho através da filosofia de Meishu-Sama, do Johrei e da vivência dos ensinamentos no cotidiano.
Ao longo de minha trajetória, conheci diversas pessoas em diferentes épocas e contextos, e com cada uma delas compartilhei aprendizados importantes. Acredito que, assim como num trem, em cada estação entram e saem passageiros, mas os encontros nunca são por acaso. É uma jornada, e cada reencontro é uma oportunidade de renovação.
Algo que me marcou profundamente foi observar como, nas igrejas messiânicas, muitos dedicantes atuavam com alegria e amor, mesmo sem receberem nada material em troca. Meishu-Sama ensinava que essa dedicação voluntária era fonte de verdadeira felicidade. E me pergunto: por que não levar esse mesmo espírito para dentro das empresas? Por que tanta gente separa a dedicação na igreja da atuação profissional?
Minha experiência mostra que é perfeitamente possível viver a espiritualidade no trabalho. Aliás, esse é o verdadeiro desafio: praticar no cotidiano, no ambiente empresarial, na sociedade. Não se trata de fazer proselitismo religioso, mas de viver os valores universais, com integridade, amor ao próximo, empatia e gratidão.
Meishu-Sama se autodefiniu como “um cientista da religião” e falou da existência de uma ciência espiritual e uma ciência material. Ele enfatizava a importância da religião abrangente, aquela que atua também fora dos templos, nos lares, nas empresas, na sociedade.
Faço um apelo a todos: vamos parar de separar espiritualidade e trabalho. Todo local em que atuamos é uma extensão da obra divina. Se você está no Banco Itaú, numa empresa de consultoria, numa loja de materiais de construção ou numa escola, a sua presença ali tem um sentido maior. Não foi por acaso. Foi Deus quem te colocou ali.
Quando compreendemos que nossa missão profissional também é divina, mudamos nossa postura. Entendemos que clientes são encaminhados por Deus e pelos antepassados. E, assim, buscamos servir com mais dedicação, carinho e excelência.
Lanço um desafio: que cada um reflita se está cumprindo sua missão espiritual dentro do seu ambiente de trabalho. O trabalho não é separado da religião. É a continuação da obra que Deus nos confiou. Se praticarmos os ensinamentos com sinceridade, dia a dia, os milagres se tornarão rotina, como Meishu-Sama dizia: o milagre é o normal.
A felicidade verdadeira e o sucesso profissional são consequências dessa alinhação entre a vontade de Deus e nossas ações. Portanto, vamos intensificar nossa parceria com Deus, tornar a espiritualidade visível em nossos ambientes de trabalho, em nossas famílias e na sociedade.
Finalizo com uma reflexão: será que já cumprimos nossa missão aqui na Terra? Se ainda temos dúvidas, é sinal de que há mais a realizar. Por isso continuo, e convido cada um a seguir junto nessa jornada.
Muito obrigado.
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